domingo, dezembro 10, 2006

A travessia do rio virou festa. Momento 01

Nós do Adolescentro adoramos fazer festa para confraternizarmos com nossos clientes, parceiros, amigos de trabalho e nossos treinandos. Acreditamos que as comemorações são muito saudáveis e rituais fundamentais de saúde. Temos que estar juntos, ombro a ombro nas situações difíceis, para juntos vencermos as dificuldades, mas também estar ombro a ombro nas comemorações e nas vitórias. Como o Valdi costuma dizer pra gente, família não é pensão. Família tem que estar junto em alguns momentos dos dias e terem rituais específicos para fortalecer os vínculos. Ontem foi a festa de encerramento do Treinamento em Serviço do Adolescentro de 2006.

Estavam presentes quase todos os treinandos. Felizmente tinha muita gente e o salão ficou pequeno e aconchegante. Sentimos falta da Helena, Cida, Elza, Josimar. Sei que vocês não puderam participar, mas estavam nos nossos corações.

Começamos as comemorações com uma belíssima apresentação do simpaticíssimo mágico Breno Costa. Breno é marido da Tatiana, a nossa querida Fonoaudióloga, e, portanto, nos presenteou com uma apresentação. Alías, parabenizamos Tatiana pelo dia da Fonoaudióloga, dia 09/12. Demos muitas risadas e as filhas da Marina ficaram certas que era festa de criança e até pediram a mãe para levá-las nas próximas festas. Pena que na véspera eu tenha solicitado para as mães não levarem os filhos pequenos, por causa do espaço muito apertado, pouco favorável para as crianças brincarem e também por causa da hora em que terminaríamos.

Em seguida entregamos os certificados de conclusão do Treinamento em Serviço. Estamos muito orgulhosos dessa turma. Após a Ceia fizemos a brincadeira do amigo oculto e nos divertimos mais um pouco. Terminamos nossa comemoração às 2 horas da manhã.

Tivemos uma equipe de apoio, 3 garçons e uma copeira, que o Amsterdã, que é um pai-parceiro do Adolescentro nos forneceu. Eles foram muito eficientes e bem humorados.

Todos participaram levando um prato e ficou uma ceia farta e gostosa.

Estamos enviando hoje algumas fotos da festa.

Essas são as primeiras de uma série de fatos e fotos de nossa festa.

Ana Carolina Bessa Linhares

terça-feira, dezembro 05, 2006

ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DO GRUPO DE MULHERES ANO DE 2006.

Hoje, dia 05 de dezembro, realizamos a última reunião do ano do grupo de mulheres. Foi um encontro emocionante e feliz. Estavam presentes, além de várias mães de adolescentes, a Débora, a Célia, o Fernando, a Elaine, nossos amorosos profissionais treinandos de 2006, os alunos da Fepeques – Érica, Rafael 1 e Rafael 2, Camilla e nossas novas companheiras do Adolescentro: a Admilta, Lúcia, Rita, Graça, Aldenir, Maria Laura.

Além de trocarmos presentes de amigo oculto, fazermos um lanche maravilhoso, fizemos uma avaliação das coisas positivas que realizamos nesse ano. É um ritual que fazemos a cada final de ano. Na primeira reunião do dia 02 de janeiro de 2007, falaremos dos projetos e metas que temos que realizar em 2007.

Ficamos muito felizes com as realizações do grupo. Além de vários ganhos pessoais, tais como aprender a tirar um tempo para si mesma, fazer caminhadas, aula de dança, de pintura, pagar as dívidas e não fazer outras mantendo o orçamento em dia, houve outras, tais como melhora no relacionamento com os filhos, com os companheiros e família em geral. Gostaríamos de compartilhar, sobretudo com vocês, o nosso orgulho em relação ao crescimento pessoal que consideramos fundamental, que é a retomada dos estudos dessas mulheres corajosas e guerreiras. Vejam só: a Francisca Maria dos Santos, mãe da Larisse, terminou o IIº grau, fez três vestibulares e passou nos três. Resolveu fazer Serviço Social na Católica, pois ganhou uma bolsa, após passar no Enem.; a Dalva, mãe da Camila, também passou na Católica e vai fazer Enfermagem. A Sueli voltou a estudar a noite, e em breve estaremos comemorando também o término do II grau. A Cícera continua firme no cursinho e com certeza, no próximo ano, teremos mais uma estudante de Psicologia; A Suzana, a Julice, a Joana D’arc, decidiram retomar os estudos no ano que vem. E para fechar a Suzani, filha da Geralda, que participou do Grupo de Adolescentes, escreveu uma carta linda, publicaremos outro dia, falando da alegria e do orgulho de todos os filhos pela conclusão do II grau da Geralda, que retomou os estudos após mais de 20 anos sem estudar.

Gostaríamos de convidá-lo para a segunda etapa de seleção

A cada ano o trabalho desenvolvido pelo Adolescentro é confirmado, principalmente pela procura para o Treinamento em Serviço.

Esse ano inscreveram-se 159 profissionais. A primeira seleção seguiu os critérios do edital: a) Ser da SES ou de outro serviço do GDF; b) Trabalhar com adolescentes, ou interesse em desenvolver serviços para atenção ao adolescente. Em outras palavras, o objetivo principal é ampliar a rede de atenção ao adolescente na SES.

Foram selecionados 53 profissionais para a entrevista.

Dividimos a entrevista em dois momentos. Inicialmente será apresentado o Adolescentro, seus programas, sua metodologia e epistemologia. Em seguida serão apresentadas as modalidades de Treinamento em Serviço oferecidas. Esse momento é fundamental para os candidatos conhecerem e ter clareza do que será o treinamento. No segundo momento os candidatos serão entrevistados individualmente, avaliando-se o a possibilidade de integrar e/ou ampliar serviços ao adolescente, disponibilidade concreta do horário para o treinamento e interesse para a instituição. A entrevista tem duração prevista de 04 horas, isto é, das 08 – 12 horas e das 14 – 18 horas.

Candidatos selecionados para a entrevista dia 06/12/2006 das 08 – 12 horas.

  1. Admilta Serafim de Melo
  2. Alexandre Gracia Barbosa
  3. Ana Paula Silva Ruiz
  4. Andréa de Souza Said
  5. Ângela Maria Rosas Cardoso
  6. Cristina Ayako Kimura
  7. Dóris de Almeida Silva
  8. Esther Shirlys Teixeira Bernardo
  9. Gabriela Barros de Araújo
  10. Gildete da Silva Santos
  11. Ivo Marçal Vieira Júnior
  12. Jumaida Maria P. Isaurriaga
  13. Laura Tavares Barbosa
  14. Lea Correia Guimarães
  15. Lúcia Edna C. Silva
  16. Maria de Fátima do S.Figueirôa
  17. Maria Lúcia Viana
  18. Marília Soares Martins Pinheiro Nogueira
  19. Marina Lohmann Couri
  20. Marta Helena Nunes Martins dos Reis
  21. Patrícia Aparecida Cardoso Vasconcelos
  22. Sandra Cátia de Pontes
  23. Sarah Guerra Gama Tinoco
  24. Tatiana Leonel da Silva Costa
  25. Verônica Maria Abiorana Campos
  26. Walcilene Furtado de Souza

Candidatos selecionados para a entrevista dia 06/12/2006 das 14 – 18 horas.

  1. Adriana Haack de Arruda Dutra
  2. Alyne pessoa Pisk
  3. Ana Maria de Carvalho
  4. Carmelita Gomes Rodrigues
  5. Claiene Muniz Pereira
  6. Denise Leite Ocampo
  7. Djanira Vieira da Luz
  8. Eduardo Hecht
  9. Eliane da Silva Aguiar
  10. Eliane Francisco de Andrade
  11. Fernanda Deleu Recife
  12. Fernanda Figueiredo F. Mendes
  13. Giuliano Enrico Pontes Guércio
  14. Heloísa Helena Coelho Brites
  15. Jane Kátia Mendes Cravo Quintanilha
  16. Jeiza Andrade de Santana
  17. José Maria Carvalho Borges dos Reis
  18. Joyce de Oliveira Vieira
  19. Lílian Cunha B. Lima
  20. Maria de Lurdes Sales de Andrade
  21. Maria do Carmo de Azevedo Barbosa
  22. Michelle Cristina Pereira Netto
  23. Nefertiti Andréa F. de Matos
  24. Olga Maria Parente Macedo de Andrade
  25. Suely Mendes de Oliveira
  26. Thalita Faria Machado do Carmo
  27. Yanna Aires Gadelha de Mattos

O não comparecimento no dia e horário marcados implica em exclusão do candidato neste processo de pré-seleção.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Como baixar arquivos do blog

Série: Passo-a-passo
ou "Para quem não sabe fazer como eu".

Valdi Craveiro Bezerra

Objetivo - Orientar como baixar arquivos [fazer download] postados no Disco Virtual 4shared ou no blog: www.adolescentro.blogspot.com

Passo 01 - No blog, na coluna Arquivos para baixar, dê um clique sobre o arquivo escolhido. Vai abrir uma janela do disco virtual 4shared, mas não aparecerá toda a página. Esse é o primeiro problema. Como o botão do Download está no final da página, ele não vai aparecer.

Passo 02 - Usando a barra de rolagem, vá até o final da página. Você encontrará um cronômetro com contagem regressiva, que ao terminar se transformará no botão do Download. Dê um clique nele.

Passo 03 - Vai abrir uma janela de download trazendo o nome e tipo do arquivo . Clique em OK.

OBS - Se você clicar sobre a imagem, abrirá uma janela bem nítida. Imprima, e faça bom proveito.

domingo, dezembro 03, 2006

COM MUITO PRAZER, somos o GTV-14

Dia 28 de novembro foi o penúltimo encontro do ano do GTV-14 (Grupo Terapêutico Vivencial de adolescentes acima de 14 anos).
Um dos
principais objetivos do GTV-14 é o resgate das relações amorosas de autoridade do adolescente consigo mesmo, com seus familiares e com seus pares.
A construção dessas relações proporciona o exercício prazeroso e seguro da sexualidade, isto é, da vida.

O GTV-14 último, no primeiro momento, concluímos um ciclo de conversas a respeito da construção de relações eróticas-amorosas e aproveitamos para tirar as últimas dúvidas. A segurança nas relações eróticas-amorosas em portadores do vírus da AIDS foram as mais freqüentes.

No segundo momento, como sempre, utilizando vivências Biodança procuramos na prática, trabalhar as relações construídas e/ou discutidas no momento anterior. O maior problema, não está em aprender ou construir novas relações, mas em “desgenitalizar” os comportamentos.

Ao entrarmos na puberdade, com muita freqüência, nós perdemos o colo, o contato físico, tão comum e essencial para o desenvolvimento e crescimento saudável de todo mamífero, e principalmente do ser humano.

Por desconhecimento, dificuldades ou orientados por falsos valores morais, nós pais evitamos o contato, cujo resultado é justamente aquilo que queríamos evitar: a genitalização do toque, do colo.

O casamento da exacerbação do prazer genital no início da puberdade e a perda do toque, do abraço e do colo, essas atitudes passam a ter um significado erótico, por não sabermos mais abraçar, tocar e dar colo por simples prazer de estar no mundo com os outros.

Um dos principais objetivos do GTV-14 é “desgenitalizar” as relações e fazemos isso re-aprendendo a abraçar, dar colo, tocar e ser tocado sem medo de ser feliz, sem medo de sermos sujeitos de nossas ações COM MUITO PRAZER.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Caros amigos do Encontro de Parcerias

A comemoração está um pouco atrasada, mas ainda em tempo, para compartilhar o sucesso de nosso encontro. Compareceram Ana Miriam e Valdi do Adolescentro, Tatiana e Sérgio Luiz da DPCA, Cláudia Melo da Vara da Infância e Juventude, Ivonete, nova Conselheira Tutelar do Paranoá e Gabriela, como aluna observadora do Serviço Social-UnB.


Apesar do número reduzido de participantes em relação aos encontros anteriores, foi extremamente produtivo, pois nos deu a oportunidade de testarmos nossa proposta. Criar um canal de comunicação para compartilhar as informações, com todas as instituições envolvidas, a respeito de cada caso atendido.


Esperamos com isso, agilizar os processos, otimizar nossos esforços e reduzir o sofrimento da vítima, evitando as re-vitimizações institucionais.

O psicólogo Sérgio Luiz da DPCA, participante assíduo de

nossos encontros, trouxe o caso de Vivência de Violência sexual que tinha atendido e encaminhado para o

Adolescentro. Como a família era do Paranoá, a Conselheira

Tutelar Ivonete, recém empossada, ficou com a responsabilidade de procurar a família e encaminha-la para a Vara da Infância e Juventude.

Fechou-se o ciclo.


Por coincidência

todos os presentes estavam envolvidos com o caso.


Acreditamos que o universo

conspirou conosco nesse dia, nosso dia.


Um grande abraço.


Ana Miriam & Valdi

domingo, novembro 26, 2006

Agenda do Adolescentro [27nov - 01dez]

Esta são as atividades para esta semana.


Segunda 27

Terça 28

Quarta 29

Quinta 30

Sexta 01

07:00

07:30

Supervisão

EquipeNúcleo

Supervisão

Prog. Prev. com Prazer

Supervisão

07:30 12:00

Prog. VVS

Individual

Treinamento

Apresentação dos Trabalhos Finais 01

Proj. PesqClínica

“Promoção do sujeito da atenção”

Prog.bps Méd

Individual

Prog.bps Psy

Individual

Prog.bps Psy

Individual

Prog.bps Méd

Individual

14:00

!8:00

Prog.bps Psy

Individual

Prog. Bps Fono Individual

GTV 14

Grupo Terapêutico-Viviencial de Adolescentes

GMF

Entrevista de novos clientes

GIP

Grupo

Prog.bps Psy

Individual

Prog. Bps Fono Individual

terça-feira, novembro 21, 2006

Para facilitar a vida e fazer o Treinamento em Serviço


RETIFICAÇÃO DO EDITAL

21 DE NOVEMBRO DE 2006

TREINAMENTO EM SERVIÇO NO ADOLESCENTRO NUMA ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL

Em virtude de um grande número de solicitações dos profissionais interessados em realizar o treinamento, foi acordado uma nova grade horária para o treinamento no Adolescentro, conforme modelo abaixo. É importante salientar que as pessoas que já fizeram sua inscrição, não serão prejudicadas:

O ADOLESCENTRO (Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção Integral à Adolescência) da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal localizado na SGAS-Lotes 32/33-Av. L2 Sul, Quadra 605- Plano Piloto, fone/fax: 3242-1447, 3443-1855 e 3443-1357, e-mail adolescentro@uol.com.br, oferece treinamento teórico-prático, com 30 vagas, para profissionais com formação em Serviço Social, Auxiliares e técnicos de enfermagem, Educadores, Enfermagem, Medicina, Nutrição, Odontologia, Pedagogia e Psicologia que trabalham ou queiram trabalhar com adolescentes.

A duração do Treinamento é de 09(nove) meses, com início previsto para 06 de março e término em 14 de dezembro de 2007, com 360 a 570 horas distribuídas da seguinte forma:

Modalidade

Teórico

Prático

Total

Atendimento médico ( BPS)

3ª feira

(7 – 12h)

5ª feira (7– 12h)

375 h

Grupo Multi-Família (GMF)

3ª feira

(7 – 12h)

4ª feira (13 – 18h)

390 h

Psicologia Clínica

3ª feira

(7 – 12h)

6ª feira (7 – 12h)

360 h

Facilitadores de Grupo ( GIP)

3ª feira

(7 – 12h)

5ª feira (13 – 18)

390 h

BPS + GMF

3ª feira

(7 – 12h)

4ª feira (13 – 18h) 5ª feira (7– 12h)

570 h

MODALIDADES DO TREINAMENTO

1.Atendimento Médico numa atitude Biopsicossocial (BPS) – Treinamento supervisionado no atendimento médico do adolescente em família. Compreende:

a) Acolhimento do adolescente em família,

b) Acompanhamento integral da adolescência: crescimento e desenvolvimento,

c) Questões psicossociais específicos da adolescência.

2.Psicologia clínica - Treinamento supervisionado em:

a) Acolhimento do adolescente em família,

b) Acompanhamento psicossocial do adolescente em família numa abordagem sistêmico-complexa;

3.Grupo Multi-Família (GMF) – Treinamento supervisionado para Facilitadores de grupo de pais que estão com filhos adolescentes em situação especial de uso de drogas

4. Facilitadores de Grupo (FacG) – Treinamento supervisionado para facilitadores de grupos de pais e de adolescentes.

a) Participação no Grupo de Instrumentalização de Pais (GIP), com o objetivo de vivenciar a criação de um canal de comunicação de amorosidade com o resgate da autoridade.

TREINAMENTO INDICADO PARA: Assistentes Sociais, Auxiliares de enfermagem, Educadores, Enfermeiros, Médicos, Nutricionistas, Odontólogos, Pedagogos e Psicólogos.

CERTIFICADO DO TREINAMENTO EM SERVIÇO

a) 75% de presença. Não é permitido faltar no momento vivencial-prático, terá que ser reposto.

b) Apresentação de um projeto de implantação do serviço de atenção ao adolescente em família na Regional de origem, ou de uma monografia, ou um estudo de caso clínico.

PROCESSO DE SELEÇÃO será composto de duas etapas: análise de currulicum e entrevista.

a) Os candidatos deverão enviar curriculum vitae juntamente com o formulário de inscrição e uma fotografia no Adolescentro, até o dia 29 de novembro de 2006

b) As entrevistas serão realizadas no dia 06 de dezembro de 2006 das 800 às 12:00h e das 14 às 18h, no Adolescentro. Marcar o horário na entrega do currículum.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO:

a) Preferencialmente ser da Secretaria da Saúde ou de outro serviço do GDF

b) Trabalhar com adolescentes

c) Ter interesse de trabalhar com adolescentes e ter condições de realizar o projeto

RESULTADO será divulgado no site da Secretaria de Estado de Saúde e no mural do Adolescentro, a partir do dia 11 de dezembro de 2006.

Brasília – DF, 21 de novembro de 2006.

VALDI CRAVEIRO BEZERRA

Gerente do ADOLESCENTRO


OBS: Na coluna a direita Arquivos para baixar, escolha o Edital e Ficha de inscrição. Ao abrir a página vá até o final e clique em download e aguarde.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Encontro de Parcerias no Adolescentro. Uma paixão!

Dia 22 de novembro próximo, das 14 às 17 horas, as instituições que atendem a(o) adolescente que fazem uso prejudicial de drogas e/ou que tiveram vivências de violências, estarão reunidas mais uma vez no Adolescentro. Esses encontros visam o aperfeiçoamento da comunicação entre nós para agilizar o processo de averiguação, diagnóstico, proteção e tratamento da(o) adolescente.

Nos três últimos encontros participaram os Conselhos Tutelares, a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, a Vara da Infância e Juventude, a Promotoria da Infância e Juventude, A secretaria da Juventude, a Casa Abrigo, o CAJE e com certeza, outras tão importantes para esse processo, mas por uma questão de memória estou esquecendo de citar.

O mais importante desses encontros é a paixão. Independente da importância de cada instituição no processo, do poder de lei maior ou menor de cada uma, ou mesmo das queixas e cobranças de umas com as outras, estamos juntos.

Quem vem pela primeira vez nesses encontros, inevitavelmente, faz a proposta de todos os encontros anteriores: que cada instituição diga o que faz e como. Pode até parecer que discutimos a mesma coisa sempre que nos reunimos. No entanto, eu creio que utilizamos esse artifício para trabalharmos nossas desesperanças, para trocarmos vivências e alimentarmos mais ainda nossa paixão pelo ser humano. Se não fosse essa paixão, seria muito estranho lutar todos os dias pelos direitos das pessoas, contra a injustiça e a perversidade e transformar esse dia-a-dia em profissão.

Em vez de loucos, eu prefiro apaixonados pelo que fazem só por acharem que é o que deve ser feito!

domingo, novembro 19, 2006

Experiência na atenção biopsicossocial ao adolescente pelos alunos da ESCS

O Adolescentro, pelo segundo ano consecutivo, recebe quatro alunos do 2º ano do Curso de Medicina da Escola Superior em Ciências da Saúde – ECSC da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal para cursar a disciplina optativa: “Uma abordagem biopsicossocial do adolescente” sob a supervisão do Professor Dr. José Domingues dos Santos Júnior.

Os alunos permanecerão no Adolescentro durante quatro semanas, de 13 de novembro a 08 de dezembro de 2006, com 30 horas semanais. Nesse período vivenciarão o atendimento multiprofissional e transdisciplinar, oferecido aos adolescentes e suas famílias que frequentam o Adolescentro. Participarão de atividades de grupo, como o Grupo Terapêutico de Instrumentalização de Pais (GIP), Grupo MultiFamília (GMF) para pais de adolescentes vivendo uma situação especial de uso de drogas, Grupo Terapêutico-Vivencial de Adolescentes e de Mães (Grupo de mulheres) e outros grupos, além das consultas individuais de Atenção Biopsicossocial em hebiatria e ginecologia.

O projeto terapêutico do Adolescentro utiliza a epistemologia da complexidade na construção, ação e reflexão de suas atividades profissionais e desenvolvimentos de seus programas. Por isso, para conhecer o Adolescentro, é necessário vivenciar seu processo.

Nós, profissionais do Adolescentro, juntamente com Dr. Domingues, nos sentimos muito orgulhosos por recebermos os futuros médicos da ESCS e felizes por contribuir para uma formação integral e sistêmica dos alunos da ESCS que, como o Adolescentro, é da SES.

Postado por: José Domingues dos Santos Júnior

terça-feira, novembro 07, 2006

Amigos Adolescentro Especiais

Segunda-feira, dia 6 de novembro de 2006, página 21 do Diário Oficial do Distrito Federal, foi publicada a nomeação do Gerente do Adolescentro (CS1406). Temos 54 dias para gestarmos um empreendimento que esperamos 24 anos. Um lugar para acolhermos o adolescente em sua totalidade biopsicossocial, como sujeito de sua história, de sua saúde, de sua vida. Nós já exercitávamos essa prática, mas num lugar diminuto. A criação do Adolescentro, como mágica, duplica, por exemplo, o número de vagas para adolescentes vivendo uma situação especial de uso de drogas, simplesmente porque aumenta o número de salas disponíveis para atendimento.

Além do atendimento clínico ao adolescente, oferecemos atendimento especializado nas áreas de violência, uso de drogas, transtornos que dificultam a aprendizagem, comportamentos disruptivos e problemas familiares, visando o atendimento do adolescente como um todo em sua integralidade. A metodologia utilizada pelo Adolescentro e desenvolvida por Valdi Craveiro Bezerra e Ana Carolina Bessa Linhares, consiste na construção de relações amorosas na família para proporcionar o resgate da competência dos pais na relação com os filhos. Esse processo não atinge apenas os adolescentes com problemas, mas toda a sua família. No que diz respeito ao atendimento de adolescentes vivendo uma situação especial de uso de drogas, essa proposta consiste em “internar” o adolescente no seio de sua família. Para isso é necessário que os pais mudem suas relações com os filhos> É isso que fazemos no Grupo Multifamília. A grande transformação ocorre quando esses pais oferecem sua mudança como instrumento da mudança dos filhos. Como uma bola de neve o processo continua. E esse é apenas um dos programas que o CAPS ad - Adolescentro estará oferecendo a toda comunidade de Brasília.

Por isso, em nome da família Adolescentro, isto é, todos nossos clientes, suas famílias e nossos parceiros, podemos dizer ao Sub-Secretário José Rubens Iglesias e ao Secretário de Estado de Saúde José Geraldo Marciel o quanto vocês são Amigos Adolescentro Especiais, por que:

No mundo há pessoas importantes, famosas, poderosas que num estalar de dedos poderiam mudar o mundo, mas não o fazem.

No entanto, há pessoas especiais como vocês, que pela maneira amorosa e comprometida, nos fizeram sentir também pessoas especiais.

Nós, do ADOLESCENTRO, nos sentimos muito honrados por estarmos compartilhado com vocês esses momentos tão importantes para nós.

Com toda nossa gratidão, nosso muito obrigado!

Equipe do CAPS ad - ADOLESCENTRO

quinta-feira, novembro 02, 2006

Não podemos permitir que desvirtuem os objetivos da SES

Quando o Setor de Adolescentes deixou de ser equipe de um profissional e, passou a ser uma equipe de dois, não parou de crescer. Por outro lado, o espaço da Unidade Terciária de Pediatria do Hospital de Base do DF, passou a ficar cada dia menor para nós. A procura por um lugar mais apropriado foi vital. O primeiro namoro foi com o antigo PA Central na 712 sul. O “INPS” transferiu o espaço para o HBDF da SES. Em cinco anos os profissionais remanescentes estariam aposentados. Fizemos planos, imaginamos a recuperação dos jardins e sonhamos com um imenso toldo para nosso primeiro espaço de vivências. Escrevemos, desenhamos o projeto e solicitamos o espaço com o apoio do chefe da Unidade de Pediatria e do Diretor do HBDF. Nossa proposta chamou tanta atenção que surgiram vários outros pretendentes pelo espaço. Em termos de atenção a saúde, nenhuma proposta era melhor que a nossa, mas politicamente tinham muito mais força. O “PA Central” virou Saúde do Trabalhador, depois deu lugar para Medicina Alternativa e, atualmente, DISAT.

Continuamos passando o chapéu quando, de repente, em 1997, fomos procurados para resolvermos três problemas. A falta de espaço no ambulatório do HBDF, a necessidade de espaço para crescermos e a iminência de desativação do Centro de Saúde Nº 6 (CS 06). A coordenadora do PRAIA, na época, a assistente social Maria Aparecida Lacerda, foi convidada para assumir a chefia do Centro de Saúde Nº 06 e, em pouco tempo, nossa equipe o transformaria num espaço só para adolescentes. Em uma noite esbocei o projeto. Pela primeira vez surgia o nome ADOLESCENTRO. Inicialmente, teríamos a metade do CS 06 e com o tempo assumiríamos o resto. No entanto, quando chegamos ao CS 06 só havia duas salas para cinco profissionais atenderem adolescentes e suas famílias. A Associação dos Diabéticos, que ia sair, ficou e ainda ocupou mais dois espaços no CS 06.

Nesse ínterim, a promotoria da Infância e Juventude abriu um processo contra o GDF exigindo o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em setembro de 1998, o Governador Cristovam Buarque, pelo Decreto 19.620, de 23 de setembro, transforma o CS 06 em Adolescentro. Na época, achamos que tudo isso tinha acontecido devido aos nossos lindos olhos azuis ou pela importância de nosso trabalho para a população adolescente. Bem, a promotoria retirou o processo, a SES mudou a chefia do Centro de Saúde Nº 06 e, apesar de alimentarmos a estatística de atendimento, continuamos sendo tratados como “estranhos”. Estávamos lá de favor. Não tínhamos nem o direito a uma auxiliar de enfermagem, apesar do nosso atendimento de consultório representar 48% de todo o CS 06. Os grupos, até hoje, não são contados na estatística.

Decidimos então formar duas frentes. A primeira era para transformar o CS 06 no Adolescentro e, a segunda, enquanto não acontecia a primeira, conseguir o reconhecimento do Adolescentro como uma Unidade de Atenção Biopsicossocial ao Adolescente em Família pela SES. O Adolescentro existia para a Vara da Infância e Juventude, para o Ministério da Saúde, para a OMS, para todos os nossos parceiros, no entanto, não existia para a própria Secretaria de Estado de Saúde.

No ano de 2006, a conjunção dos astros e das pessoas comprometidas com a atenção à saúde, José Ribamar Malheiros, José Rubens Iglesias e José Geraldo Maciel, viabilizaram nosso grande desejo, que culminou com a Portaria Nº 47 de 22 de setembro de 2006. Para nós, esse processo é uma longa história, cheia de altos e baixos. O problema é que nunca sabemos se estamos num alto ou num baixo. Apesar da portaria 47, do apoio incondicional dos servidores do CS 06, da adesão ao treinamento com o reconhecimento e inclusão dos mesmos nos atendimentos, da reação contrária da Gerente do CS 06 e das reclamações encomendadas até o último dia de outubro, segundo a assessoria do SES, não foi publicada a nomeação do gerente do Adolescentro.

O Adolescentro continua não existindo, apesar de oferecer atendimentos específicos e inexistentes, em outras unidades da SES, como Atenção a Adolescentes Vivendo uma Situação Especial de Uso de drogas, Grupo Multifamília para Orientação e Apoio aos Pais desses adolescentes, Acolhimento e Tratamento a Adolescentes e Mulheres com Vivências de Violências, Atenção a Problemas de Escolaridade como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Desafiante opositor, Transtornos de Conduta e outras co-morbidades, Grupo de Mulheres, Grupos Terapêuticos-Vivenciais, Grupo de Instrumentalização de Pais para o resgate da autoridade na relação com os filhos e construção de relações amorosa na família. Todos os atendimentos envolvem a família, não como informantes, mas como clientes e parceiros na solução dos problemas. Somam-se a isso o Treinamento em Serviço oferecido todos esses anos, com o objetivo de ampliar a rede de atenção Biopsicossocial ao adolescente em família na SES.

Apesar da especificidade, importância e necessidade dos programas oferecidos pelo Adolescentro, a grande preocupação, no momento, parece ser quatro queixas encaminhadas à ouvidoria a respeito da transferência dos programas de Diabéticos e Hipertensos do CS 06. Todos os pacientes cadastrados (Total=423: Diabéticos=45; Diabéticos c/Hipertensão=170; Hipertensos=208) que vieram ao grupo ou às consultas desses programas já foram transferidos, sem problemas, para os CS 07 e CS 01, ou para o CS mais próximo da residência do cliente. Todas as Unidades da SES oferecem esses programas, o que facilita e viabiliza a transferência sem perdas para o cliente.

Estamos num alto ou num baixo? Eu não sei. No entanto, sei que temos que continuar lutando para que as ações de atenção à saúde da SES, como a transformação do CS 06 em Adolescentro, sejam de fato orientadas pelas necessidades reais da população. Não podemos mais permitir que algumas pessoas com interesses apenas pessoais e com pressão política maior, desvirtuem os objetivos da SES.

Valdi Craveiro Bezerra

quinta-feira, outubro 26, 2006

Não me façam perguntas difíceis!

Em 1997 ao chegarmos ao Centro de Saúde 1406, por uma questão de compromisso com nossos adolescentes, decidimos que a equipe faria a marcação de consultas. Foram várias as tentativas. A primeira foi a Agenda aberta. Com duas semanas não havia mais vagas para o mês seguinte. Tivemos 68% de faltas. Os adolescentes encaminhados pela Vara da Infância e Juventude faltaram à consulta em 94,8% das marcações antecipadas. O método não foi aprovado.

A segunda experiência e utilizada até o momento, foi ter um dia fixo para marcação de consultas: toda última sexta-feira de cada mês. Até o ano 2003, não havia filas nem reclamações.
O acolhimento, que era uma entrevista e orientação para cada pessoa que procurava o Adolescentro, se estendia por toda a manhã, isto é, até às 11 horas estavam chegando pais para marcar consultas e geralmente conseguiam vagas. Os que chegavam depois das 11h e que não conseguiam vaga, perguntavam ao que tinha conseguido: “Você chegou que horas?” O pai ou mãe respondia: “Cheguei cedo, cheguei às 09 horas”. No mês seguinte, para garantir uma vaga para o filho, a mãe chegava às 7 horas. O que não conseguia ao saber do horário que o outro tinha conseguido uma vaga, planejava vir mais cedo no próximo mês.

Em um ano, o horário passou para 06 horas da manhã. No ano seguinte, 2005, o acolhimento começava com uma apresentação do que era o Adolescentro, sua filosofia de trabalho e a importância da parceria com a família no atendimento dos adolescentes. Para conseguir uma vaga era necessário chegar antes das 5 horas. Na passagem de 2005 para 2006 houve um aumento expressivo na procura por uma consulta no Adolescentro. Em março, as pessoas passaram a chegar às 19 horas do dia anterior.

Para nós da equipe do Adolescentro, isso é um tormento. Apesar da resignação das pessoas que ficam na fila sem nenhum conforto, justificarem que “vale a pena o sacrifício para conseguir uma consulta aqui no Adolescentro”, nós nos envergonhamos, porque sabemos que é direito da população e não um favor, oferecer o melhor atendimento possível a seus filhos adolescentes.

Hoje, véspera de marcação de consulta, os primeiros pacientes chegaram às 09:30 horas de quinta feira, quase 24 horas antes do início da marcação das consultas. Há quatro dias sai na CBN notícias falando da transformação do CS 06 no CAPS-Adolescentro, para atender adolescentes com vários tipos de problemas. No entanto, há uma semana o Secretário de Estado de Saúde encaminhou a solicitação de nomeação do novo gerente do CS 06 para iniciar o processo de transformação do CS 06 em CAPS-Adolescentro e até hoje não foi publicado no Diário Oficial do DF.

A divulgação da transformação para CAPS-Adolescentro fez portanto, eclodir uma situação que anteriormente já estava ficando explosiva. Uma grande demanda da comunidade para a mesma equipe de 5 profissionais com 40 horas e 2 de 12 horas. Equipe que além de atender um grande número de adolescentes e suas famílias, ainda oferece um Treinamento em Serviço que capacita profissionais da Secretaria de Estado de Saúde para atender adolescentes em outras regionais.

A demora da publicação faz com que nada mude. A gerencia não é ainda do Adolescentro, as requisições de novos profissionais não podem ser feitas, permanecendo os mesmos 7 profissionais, que certamente não darão conta do aumento da demanda. Isso faz com que fiquemos de mãos amarradas, tendo que aguentar as pressões e a possibilidade de que as pessoas que não querem nenhuma mudança, ganhem espaço e comprometam o trabalho do CAPS-Adolescentro.

As pessoas estão ligando e perguntando como será a marcação para o próximo mês e se já somos um CAPS. Para essas perguntas não temos respostas. Nós temos outras respostas. Sabemos por exemplo que a distância entre a terra e a lua são 384.00 Km e que a terra tem seu eixo de rotação inclinado com relação à perpendicular do seu plano de órbita com o ângulo de 23 graus, 26 minutos-de-arco e 21 segundos de arco (ou 2 3,4392 graus) e ele tem variado ao longo do tempo entre os valores 22,64 e 24,36 graus.

No entanto isso não nos ajuda, necessitamos urgente de decisões que visem a promoção da saúde de nossos adolescntes para podermos responder que amanhã seremos um CAPS!

Associação dos Amigos do Adolescentro

Ontem às 15:00 horas, reuniram-se no Adolescentro representantes dos pais de adolescentes atendidos em nosso Centro de Saude, com o objetivo de criar a Associação dos Amigos do Adolescentro. Estavam presentes Eunice, Flávio, Ana Célia, Claudemir , Jupira, Valdi, Vanessa e Tinna.

Toda a reunião transcorreu com um espírito de alegria e de uma certeza de que estamos fazendo o melhor e o mais importante nesse momento de nossas vidas. Foram muitas as idéias de atuação, das oficinas. Ao final do encontro estava desenhado um esboço do objetivo de nossa associação.

"A Associação dos Amigos do Adolescentro tem como objetivo criar condições para a promoção de nossos adolescentes e de suas famílias como sujeito de sua saúde, de sua história e de seus projetos de vida. "

Sentimos falta dos adolescentes nesse grupo, que tem como objetivo a criação de nossa associação. Nas próximas com certeza contaremos com os representandes de nosso objeto final de trabalho: nossos adolescentes.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Como velhos companheiros

A situação no Centro de Saúde Nº 06 (CS 06) está chata. Chatice é a palavra que mais expressa a sensação que nos espreme nos corredores internos do Centro de Saúde. Nos corredores externos, ventilados, nos quais o público transita, a sensação é de trabalho e de renovação. Adolescentes e seus familiares continuam sendo atendidos alheios a difícil transição do CS 06 provocada pela portaria Nº 45 da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

A demora da publicação no Diário Oficial do DF da nomeação da Gerência do Adolescentro cria uma expectativa em câmera lenta. Em câmara lenta porque tudo está esperando essa publicação. As mudanças necessárias para o CS 06 tomar a cara do Adolescentro já estão “na ponta da língua”. Todos os comprometidos e aqueles que estão se comprometendo com o atendimento ao adolescente e sua família, por coincidência ou conhecimento, apontam as mesmas mudanças necessárias. Estamos falando a mesma língua, “a língua dos anjos”.

Todas as mudanças têm como objetivo fortalecer os profissionais, construir com os usuários melhores condições de trabalho e satisfação na promoção da saúde de nossos adolescentes. É por isso que, mesmo com a demora das definições, continuamos a trabalhar. No entanto o que mais nos dá alegria é ver principalmente as Auxiliares de Enfermagem se entrosarem ativamente com a equipe do Adolescentro como velhos companheiros.

Nós da EquipeNúcleo do Adolescentro temos muito orgulho das Auxiliares de Enfermagem quando o assunto é trabalho e dedicação, apesar de faltar-lhes reconhecimento. Nos últimos Treinamentos em Serviço do Adolescentro, os profissionais que mais se destacaram e se comprometeram com a ampliação de novos serviços de atenção ao adolescente na SES foram as Auxiliares de Enfermagem. No CS 06, hoje Adolescentro, não foge a regra. Em nossa equipe temos a “Tinna” que como um pivô ágil e com visão de todo o jogo, articula o atendimento clínico com maestria e dedicação.

Tudo bem que a mudança está lenta e chata, mas tem suas compensações. A maior delas foi receber o apoio na forma de trabalho e dedicação das fabulosas Auxiliares de Enfermagem do CS 06. A integração com a equipe do adolescentro foi de forma tão natural e amistosa, que nos dá aquela sensação de velhos companheiros, tudo isso devido ao carinho, ao profissionalismo e competência das mesmas.

Apesar da posição hierárquica, quem está fazendo a diferença nessa transição são as auxiliares.

Bravo!

sexta-feira, outubro 20, 2006

O CAPS ad – ADOLESCENTRO não pode ter morte prematura

Brasília 18 de outubro de 2006

Caro parceiro do ADOLESCENTRO

Há 24 anos começou nossa história. O Setor de Adolescentes da Unidade de Pediatria do Hospital de Base era criado, como parte de um projeto de múltiplas especialidades pediátricas. Apesar de ter compartilhado todas as dificuldades comuns ao país, ao DF e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a nossa história é de um constante crescimento e de sucesso.

Já fomos uma equipe de uma pessoa e hoje somos uma equipe de nove profissionais: 3 pediatras-hebiatras, 1 ginecologista infanto-puberal, 2 psicólogas, 1 assistente social, 1 auxiliar de enfermagem e 1 auxiliar serviço social. O desejo e determinação de sermos uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, garantiu nossa existência como equipe de fato.

Assumindo desde o início uma abordagem sistêmico-complexa como forma de viabilizar nossa determinação, essa equipe de profissionais se auto-intitulou de ADOLESCENTRO, O Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção à Adolescência. Esse título pomposo e pretensioso é confirmado e reconhecido por toda nossa clientela e pelas instituições que demandam nossos serviços, pela qualidade, persistência e seriedade do nosso trabalho.

O objetivo do ADOLESCENTRO é a promoção do adolescente como sujeito de sua história de vida, de sua saúde, de sua autonomia. Atendemos adolescentes do DF e entorno de 10 a 19 anos, em sua grande maioria com condições sócio-econômica desprivilegiada, em uma abordagem biopsicossocial na qual a família está incluída como parceira e cliente no atendimento.

Além do atendimento clínico ao adolescente, oferecemos atendimento especializado nas áreas de violência, uso de drogas, transtornos que dificultam a aprendizagem, comportamentos disruptivos e problemas familiares, visando o atendimento do adolescente como um todo em sua integralidade. Várias instituições como a Vara da Infância e Juventude, Conselhos Tutelares, Promotoria, DEAM, DPCA e Casa Abrigo, nos encaminham adolescentes devido a complexidade de seus casos, os quais não encontram, além do ADOLESCENTRO, outra referência que respondam as suas necessidades.

Embora uma parte de nossa clientela seja encaminhada por essas instituições, seu maior contingente deve-se a procura espontânea pela comunidade, devido a divulgação por nossos adolescentes e famílias. São em média 750 atendimentos por mês, entre adolescentes e familiares, nas modalidades de atendimento individual e de grupos terapêuticos vivenciais.

As atividades clínicas, de promoção e de prevenção formam uma unidade indissociável na nossa maneira de enfrentarmos os problemas que ameaçam a saúde do adolescente e de sua família. A metodologia desenvolvida e utilizada pelo ADOLESCENTRO consiste na construção de relações amorosas na família e nas relações inter-pessoais. Assim, atua-se na prevenção da violência, do uso prejudicial de drogas, das DST e da gravidez não planejada.

Além dessas atividades, o ADOLESCENTRO oferece, anualmente, o Treinamento em Serviço para 35 profissionais da SES, de outros órgãos do GDF e do entorno, os quais formam a rede de atenção ao adolescente em toda a região. Essa capacitação tem uma carga horária mínima de 360 horas, e como resultado dessa atividade, a criação de 15 núcleos de atenção biopsicossocial ao adolescente em família na rede de serviços da SES. De 1999 a 2005 foram capacitados 85 profissionais de medicina, enfermagem, psicologia, serviço social, educação e auxiliares de nível médio. No ano de 2006 estão sendo formados 35 profissionais provenientes da Secretaria de Ação Social, do Conselho Tutelar, do Programa Família Saudável, da Polícia Militar, da Casa Abrigo, além dos profissionais da SES.

Somos uma equipe de profissionais determinados, que realiza um trabalho de alta qualidade, e não mede esforços nem depende de condições ideais para realizar o trabalho que acreditamos necessário. Buscamos durante todo tempo parcerias e convênios para a realização de nossos projetos. Apesar de todo nosso esforço e empenho, existiam questões legais e práticas que dificultavam certas ações, tais como a realização de parcerias e convênios, que são relações estabelecidas entre instituições e não entre instituições e pessoas, como acontecia com o ‘ADOLESCENTRO’.

Até o dia 22 de setembro de 2006 essa valorosa equipe ocupava as dependências do Centro de Saúde de Brasília Nº 1406, situado na Via L2 Sul na Quadra 605. O espaço terapêutico era formado por um salão de vivência, três consultórios, uma sala de secretaria e a área externa do CS onde também realizávamos vivências. Nesse dia, no seu 24º aniversário, o ADOLESCENTRO e toda a comunidade adolescente e seus familiares, receberam um grande presente, a portaria Nº 47 de 26 de setembro de 2006. Finalmente, após oito anos de negociações, tentativas e esperas, o Secretário de Estado de Saúde (SES), Sr. José Geraldo Maciel, atendendo o disposto no Decreto Nº 19.620, de 23 de setembro de 1998, definiu a finalidade e operacionalização do Adolescentro, ratificando a transformação do CS1406 em ADOLESCENTRO. A partir dessa data o ADOLESCENTRO passou a ser todo o Centro de saúde.

Apesar do grande feito da atual gestão da SES, a mudança política que ocorrerá na passagem do ano, além de anunciar novas esperanças é também prelúdio de sérias apreensões. Enquanto nossa equipe assume os objetivos da SES, que é garantir o melhor atendimento e promoção da saúde integral à comunidade atendida por nós, há grupos que não concordam com esses objetivos.

Após a publicação da Portaria Nº 47, quase todos os profissionais do CS1406 nos apoiaram e elogiaram a medida. Os profissionais que não se identificaram com o atendimento voltado para o adolescente, colaboraram solicitando a transferência para outras unidades da Regional Sul, para dar continuidade aos projetos que vinham desenvolvendo no CS1406. Essa atitude generosa e ética desses profissionais está proporcionando a transição mais tranqüila, de finalidades de uma unidade de saúde, que a SES já realizou. No entanto, estamos sofrendo constantemente ameaças de um retrocesso total na mudança de governo. Apesar da importância do CAPS ad –ADOLESCENTRO para toda a comunidade do DF e entorno, há um pequeno grupo de pessoas determinadas a usar todas as influências políticas possíveis com o novo governo, para tornar o ADOLESCENTRO no que era antes, um Centro de Saúde que atendia apenas 14% de sua área de abrangência. Um serviço para poucos diante de tantas necessidades de nossos jovens.

Acreditamos na importância do CAPS ad –ADOLESCENTRO para qualquer partido político ou governo. Acreditamos que todo governante e sua equipe tem como meta o bem de seu povo. No entanto, não podemos deixar de considerar que, não são apenas as necessidades que orientam os feitos de nossos governantes, mas soma-se a isso todas as pressões políticas e os interesses pessoais de alguns.

Por isso, certos de que podemos contar com nossos parceiros, solicitamos, dentro de suas possibilidades, o apoio formal junto ao governo de transição, para dar continuidade e continuarmos ampliando e multiplicando os trabalhos do ADOLESCENTRO, agora um CAPS ad –ADOLESCENTRO.

Atenciosamente.

Equipe do ADOLESCENTRO