quinta-feira, dezembro 13, 2007

Moçambique encontra o Adolescentro















Terça-feira dia 11 o Adolesce
ntro recebeu a visita de duas mulheres maravilhosas de Moçambique. A diretora de Assuntos de Família, Mulher e Gênero do Ministério da Mulher e Ação Social de Moçambique, Célia Armando e Berta Seiuma, técnica responsável por ações de enfrentamento da violência de Moçambique. Acompanhando Célia e Berta, estavam Ana Margareth Gomes, da área técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde/Brasil, parceira do Adolescentro e Fernanda Lopes do Fundo de População das Nações Unidas/UNFPA/Brasil, futuros parceiros.

Moçambique é um país jovem. Decretou sua independência em 25/06/1975 livrando-se da violência colonialista e entrando em outra violência, a da guerra civil. Nenhuma delas é mais ou menos importante que a outra. Desde as terríveis minas terrestres, mutiladoras de corpos e de almas, até a violência doméstica e sexual, não importa, violência é violência e sempre será uma vergonha humana, e por isso, deve ser eclipsada, escondida.

Por isso toda atitude que tire das sombras a violência sexual, merece nossa admiração e respeito. Essas duas mulheres poderosas vieram à Brasília e quiseram conhecer um serviço, que como elas, parece que lutam contra a maré, no que diz respeito aos resultados. Isso se deve ao fato de temos que lutar não apenas contra uns “monstros”, autores da violência, mas contra toda uma cultura, que disfarçadamente, dos tempos bíblicos até hoje, trata a mulher e a criança como mercadorias. A forma de a cultura humana pensar a violência sexual contamina até as instituições e as pessoas que lutam contra ela, levando-as a contribuir com a invisibilidade da violência sexual.

Essa armadilha começa com a reificação da violência. Ao transformá-la em coisa, em um instrumento em vez de uma relação desigual entre sujeitos em um determinado contexto, nos eximimos da co-responsabilidade por todas as violências sexuais. Isso fica evidente ao observarmos nossa reação ou FALTA DE AÇÃO diante da INIQÜIDADE do nosso Código Penal, ao considerar a violência sexual, um dos crimes mais hediondos, perversos e danosos contra a integridade biopsicosoccial do ser humano, como um (simples) crime contra os costumes. ISSO É UMA VERGONHA. EU MORRO DE VERGONHA, não de ser homem, mas de ter no corpo da lei de meu país esse absurdo. O que está em jogo não é o castigo, a pena, mas a maneira de desqualificar a vítima, geralmente uma mulher ou criança, em função do autor, em sua grande maioria um homem.

Para sair dessa armadilha, nós do Adolescentro adotamos um conceito sistêmico que considera a violência sexual relação e, com isso, nos denuncia sempre que nossos pré-conceitos afloram.

Violência sexual é uma relação desigual de poder, de força, ou de nível de compreensão do que esteja acontecendo, entre a vítima e o autor que, ao desqualificar o outro como sujeito, usa-o para sua satisfação sexual de forma física, psicológica ou social, em um contexto familiar e/ou social que constrói esses personagens e propicia ou facilita a formação dessas relações. (Bezerra,VC; 2007)

Foi um encontro de irmãos, parecia que nos conhecíamos há tempos, apesar de nunca termos nos vistos. No entanto, não foi a cultura que nos uniu, apesar da língua ser a mesma, mas nosso enfrentamento a violência sexual, que em última análise, é uma luta contra nós mesmos. Talvez por isso, carreguemos uma sensação de que isso não acaba nunca. Ao menos a uma conclusão já chegamos: não adianta punir, temos que aprender e ensinar o respeito incondicional ao outro, que apesar das diferenças, jamais seremos desiguais diante dos homens.

Enquanto apresentávamos o Adolescentro, Moçambique se preparava para ser quarta-feira, e ainda estávamos na terça sem saber de nada. Esse fuso horário é às vezes desconcertante, assim como a violência, quando descobrimos que é a mesma e no entanto está em todos os lugares ao mesmo tempo. Como pode?

Conheça um pouco mais de Moçambique e se tiver curiosidade visite também o Adolescentro. É importante para nós sabermos que não estamos só. Foi esse presente que Célia e Berta nos deixaram.

Um grande abraço!


sábado, dezembro 01, 2007

Aumente seu prazer e prolongue o dela, use camisinha!

1º de dezembro, dia mundial de luta contra a AIDS

Um dos maiores parceiros nessa luta é o preservativo, também conhecido como camisinha, camisa de Vênus, condon e outros.

Vem de muito tempo a preocupação do homem se proteger das doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por muito tempo elas foram chamadas de doenças venéreas, em analogia a Vênus, deusa do amor. Como amor e sexo são coisas diferentes, apesar de poderem andar juntas, é preferível o termo DST.

Os egípcios já se protegiam com capinhas em volta do pênis para se proteger de picadas de insetos, ferimentos e provavelmente de doenças.

Foi a mitologia grega que deu a idéia e apresentou a camisinha ao ocidente.

“O rei Minos, filho de Zeus e Europa, era casado com Pasiphë. O monarca era conhecido por seu amor pelas mulheres e suas inúmeras amantes. Por obra de Pasiphë, Minos passou a ejacular serpentes, escorpiões e lacraias, que matavam toda aquela que se deitasse com o soberano. Pasiphë era imune ao feitiço aplicado a Minos, mas este tornou o rei incapaz de procriar. Minos, no entanto, se apaixonou por Procris. Para evitar que a relação com Minos lhe trouxesse a morte, Procris introduziu em sua vagina uma bexiga de cabra. Os monstros ficaram aprisionados na bexiga e Minos voltou a poder ter filhos."

A primeira descrição parecida com o preservativo atual, data de 1564,e foi feita pelo anatomista Gabriello Fallopio, intitulado De Morbo Galico (Doença Inglesa). Nome como a sífiles era conhecida na época, resultado da eterna rivalidade entre franceses e ingleses. Nesse estudo, Fallópio experimentou em 1100 homens “um envoltório de linho sobre o pênis durante o ato sexual, o qual impediu a disseminação de doenças, especialmente da sífilis”. No entanto o nome condon, apesar das controvérsias, dizem ser devido ao Dr. Condon, médico inglês da corte de Charles II, monarca do Reino Unido (1660-1685) que popularizou o protetor na língua inglesa.

A camisinha conheceu vários processos de fabricação e materiais. Em 1700 seu uso era extremamente popular, principalmente como método anticoncepcional. Os preservativos eram feitos à base de tripa animal. Nos anos de 1800, os japoneses criaram uma camisinha feita com um couro bem fino. Em 1843 com a descoberta revolucionária da vulcanização da borracha (adicionando enxofre e submetendo-a ao calor) permitiu que as camisinhas se tornassem mais elásticas e fossem produzidas a custos baixos. Em 1930 o látex líquido substituiu a vulcanização da borracha na fabricação os preservativos. Essa trecnologia continuou a se desenvolver até o surgimento das camisinhas de poliuretano, muito mais confortáveis.

Passados 1443 anos da publicação de estudo de Fallopio (1564), a preocupação com a prevenção continua, não só das DST, mas também da gravidez não planejada. O grande desafio continua convencer as pessoas dos direitos de se cuidarem. A apropriação do direito e dever de cuidar de sua vida e de todas as vidas, de buscar melhorias para si e para os outros é um processo. Só não podemos olhar muito para frente, onde queremos chegar, e percebermos onde estamos e entrar em desânimo. Já caminhamos muito. "O uso do condom no Brasil tem crescido regularmente desde o início da epidemia de HIV/AIDS."

Ainda não conseguimos introjetar a camisinha em nossa subjetividade, como o ato de beber coca-cola, por exemplo. Ainda há preconceitos, medos e muita ignorância e maldade travestidas de religião ou de parlamentares (vereadores, deputados, senadores) sem nenhum argumento empírico comprovado, propondo leis castradoras de todos os tipos.

Mas vamos resistindo. Nosso sonho de consumo é chegar um dia, que não iremos mais dormir, sem ver, assistir ou ouvir uma propaganda sobre o uso da camisinha, assim como acontece com a coca-cola. Aprender sobre o valor da vida, do direito de ser feliz, de ter prazer, de amar a si e aos outros. E de tanto ser bombardeados, quem sabe, passaremos acreditar que somos sujeitos de nossa vida, de nossa saúde, de nossa existência e da existência da vida, e a camisinha seja parte disso.

Infelizmente os recursos dos homens honestos, que lutam para cuidar da saúde do povo, são escassos. Mas sabemos que temos recursos. Só precisamos ser mais espertos e chegarmos antes dos políticos, funcionários públicos e empresários desonestos meterem a mão no nosso bem público. O problema é que eles têm um estímulo muito maior que a vida. Eles têm a impunidade!

É claro que toda essa luta não se resume a isso, o que é muito bom. Podemos lutar de várias formas e lugares a favor da vida. O Ministério da Saúde, por exemplo, lançou o Blog QUALSUAATITUDE? . Além de interessante é um ponto de encontro de idéias. Nós do Adolescentro, há mais de dois anos, que estamos vinculando a camisinha ao prazer em vez da preocupação com doenças e gravidez. Apesar de muitos falarem o contrário, a camisinha diminui sim a sensibilidade peniana. Isso faz com que o homem demore mais a ter o orgasmo. O pior é que isso é visto como problema pelos garotos que ainda não perceberam o outro na relação. ACORDEM HOMENS!

Preste atenção. Cada vez que você demora, mais intenso será seu orgasmo. Demorando mais, sua parceira terá chances de ter VÁRIOS orgasmos e numa mais esquecer de você. Que tal? Por isso,

Caso contrário...., veja por si mesmo!






quarta-feira, novembro 07, 2007

Adolescentro recebe condecoração da Vara da Infância e da Juventude





(06/11/2007 - 16:53) Página da SES

O Adolescentro receberá condecoração da Vara da Infância e da Juventude, nesta sexta-feira (09), às 9h30, no Auditório Nívio Geraldo Gonçal

ves (SGAN 909 Norte, módulo C/D). Centro de referência, pesquisa, capacitação e atenção ao adolescente em família, o Adolescentro é considerado um dos melhores serviços prestados pela rede públ

ica de saúde ao adolescente no Brasil.

A iniciativa da condecoração é do juiz da Vara da Infância e da Juventude, Renato Rodovalho Scussel. O Adolescentro faz cerca de 800 atendimentos por mês, entre adolescentes e familiares. Há um ano, foi reconhecido como Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, conforme publicação no Diário Oficial do DF (Portaria nº 47, de 26/09/2006).

Equipe
Uma equipe formada por hebiatras, psicólogos, psiquiatras, ginecologistas e odontólogos atuam no Adolescentro. Além de atendimento psico-social, os adolescentes têm tratamentos dentários e ginecológicos. É referência no atendimento ao adolescente com idades entre 10 e 19 anos incompletos em situação especial por uso de drogas, conflitos com a lei e convivência de violência sexual (neste caso trabalha tanto com a vítima como com o agressor).

Para marcar consultas no Adolescentro, se for para casos de envolvimento com drogas ou violência sexual, basta comparecer ao centro de segunda à sexta-feira, em horário comercial. Já para transtornos de comportamento e déficit de atenção, a marcação é feita toda última sexta-feira de cada mês.

Acácia Daniel/SES/DF

sexta-feira, outubro 05, 2007

Como viver sem dúvidas se isso nos leva a inanição?

O segundo objetivo maior do Adolescentro é o ensino. O primeiro, a atenção ao adolescente em família, é condição para o ensino, o qual não acontece sem a pesquisa, nosso terceiro objetivo, que existe em função dos dois primeiros, e que sem o qual, não há reflexão, não há atenção nem aprendizado.
Com certa freqüência recebemos visitantes em nosso serviço. Nos empenhamos em mostrar na prática do atendimento, a epistemologia da complexidade, nosso referencial. Apesar do esforço de apresentar nossa essência, em sua grande maioria, nossos visitantes ficam presos na aparência. O resultado disso é a ausência total de dúvidas. Não há ruídos, só o olhar indiferente e uma ausência total de alimentos.
No entanto, de vez em quando, somos visitados por pessoas mais famintas e sedentas de respostas que nós, e isso vira banquete.
Hoje foi o encerramento da visita de quatro internos de medicina da UnB: Maria, Karol, Guilherme e Giulianna. Quatro futuros médicos que com certeza já conjulgavam o verbo amar, e nos deram a imensa satisfação de compartilhar outros tempos verbais. É com muita saudade, e certeza de novos encontros, que lembraremos do carinho, da amorosidade, da curiosidade e da maneira jovem de vocês crescerem entre uma inspiração e outra.
"Mi casa es tu casa".

Equipe do Adolescentro

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Brasília, 05 de outubro 2007

À Equipe do Adolescentro

Nós gostaríamos de agradecer pelo acolhimento, carinho e atenção que nos deram. Foi um período de muito aprendizado e auto-conhecimento.

Na nossa trajetória nem sempre encontramos identificação e às vezes nos sentimos frustrado e “chateados” com a nossa formação, pela falta de comprometimento e amor.

No Adolescentro encontramos sentido para nossa profissão e percebemos que é possível a integração de uma equipe para o atendimento integral e efetivo, e através do amor, compreensão e esperança, pois vocês acreditam no potencial de cada um de encontrar o melhor caminho. Nós sentimos muito felizes por termos tido essa oportunidade sairemos daqui modificados, buscando também sermos instrumentos de transformações.

Beijos e abraços,

"Os universitários":

Maria, Karol, Guilherme, Giulianna

“Ninguém cura ninguém,

e ninguém se cura sozinho,

as pessoas se curam no encontro”

domingo, setembro 30, 2007

Festa da Família Adolescentro 2007

Festa comunitária do Adolescentro - 25 anos de atenção ao adolescente no DF, 9° aniversário no CS 1406 e o 1º ano do CS06 como Adolescentro

Sexta-feira, 21 de setembro de 2007.

A algazarra ocorreu sob o sol implacável. Em frente ao palco, as mesas distribuídas estavam lotadas. A maioria em pé, se movimentava ao redor das mesas. Familiares, amigos, convidados. Eram quase 15 horas, e o burburinho e a agitação ocupavam o estacionamento do Adolescentro. Algumas pessoas apenas olhavam para o palco, esperando algo. Outros, ocupados, se moviam de um lado a outro, responsáveis pela organização do evento ou por oferecer a bebida e os quitutes. Depois de uma breve explicação ao microfone, jovens dançarinos ocupam o palco. Apresentam uma coreografia e, em seguida, um dos adolescentes faz, com sua voz, uma imitação impressionante de efeitos sonoros e ruídos enquanto seus colegas ensaiam passos.

Novamente algumas pessoas se alternam ao microfone. Parte da platéia tenta ouvir em meio à bagunça, outros conversam e gargalham alto. Algumas pessoas se acomodam à sombra das árvores e conversam em pequenos círculos. Os garçons oferecem sorvetes e andam poucos passos antes que as bandejas esvaziem. Muita gente que não se encontrava há algum tempo parece se reencontrar. Trocam abraços e demonstram interesse por saber o que cada um anda fazendo.

Próximo ao palco, um adolescente senta ao chão. Está acompanhado de amigos, mas simplesmente se afasta da roda de conversa e se senta no meio fio branco que contorna a área do estacionamento. Ajeita o boné e parece compenetrado observando o movimento em meio às mesas.











Rafael Baliardo










terça-feira, setembro 18, 2007

RODA DE CONVERSA 2007 - Fortalecendo a Rede de Atenção ao Adolescente.

Apesar do calor e da seca seguirem castigando a todos, o clima não impediu que nesta terça-feira, 18 de setembro, a Roda de Conversa 2007 reunisse, para um encontro de amigos e parceiros, no Centro de Vivências do Adolescentro, na L2, 605 Sul, os profissionais dos serviços de referência e atenção ao adolescente da Secretaria de Saúde do DF.

Este encontro, que praticamente durou o dia inteiro (das 7h às 18h), é mais um evento vinculado à Semana do Adolescentro 2007 e consistiu em uma grande troca de experiências entre as regionais que oferecem serviços de atendimento e atenção integral à adolescência. Estavam presentes colegas da unidade mista de Taguatinga, dos centros de saúde de São Sebastião, Sobradinho, Paranoá, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Gama, Brazlândia, Ceilândia, Santa Maria, Gama, Recanto das Emas e do próprio Adolescentro.

A roda iniciou pela manhã com as apresentações dos representantes de cada unidade, em que estes dividiram suas experiências sobre as condições de trabalho, as conquistas e as dificuldades presentes no dia-a-dia. A apresentação, interrompida para o almoço no próprio Adolescentro, ocupou também parte da tarde.

Já a segunda parte da roda de conversa foi dedicada à discussão de soluções, a articulação de questões e a tentativa de otimizar as informações e as experiências apresentadas pelos profissionais dos serviços de atenção à adolescência.

Como todo encontro desse porte, parece não haver tempo suficiente para se discutir todas as questões e dar a atenção que cada assunto merece. Porém, ocasiões como essa vão muito além do debate de tópicos, são lições reais de dedicação, perseverança e capacidade de superação.

Rafael Baliardo
Assessor de Imprenssa



segunda-feira, setembro 17, 2007

POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DE VIOLÊNCIA SEXUAL

Semana do Adolescentro – Segunda-feira - 17 de setembro de 2007

Hoje iniciamos a comemoração do aniversário de 25 anos de atenção ao adolescente no DF, que nasceu no Setor de Adolescente da Unidade de Pediatria do Hospital de Base e o 9º aniversário do Adolescentro no Centro de Saúde 1406.

Na abertura de nossas atividades da Semana do Adolescentro, recebemos a pedagoga Cláudia Araújo, responsável pelo Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher do Ministério da Saúde para falarmos sobre as políticas do MS para a mulher que sofre violência.

Na segunda feira de cada semana funciona no Adolescentro o Programa de Atenção aos adolescentes e seus familiares que viveram violência. Toda a equipe que participa desse programa estava interessado em conhecer os objetivos e as prioridades do Ministério da Saúde em relação à saúde da mulher.

Nosso objetivo com esse encontro é de estreitarmos nossa parceria com as ações do Ministério em relação às situações de violência que vive as mulheres. Em um primeiro momento, Claudia nos apresentou os objetivos do Programa de Atenção a Saúde da Mulher.

Num segundo momento, assistimos ao vídeo de 12 minutos, que foi realizado por uma ONG de Porto Alegre. Esse vídeo foi elaborado como material educativo para profissionais e instituições que trabalham contra a violência sexual no Brasil. Em seguida conversamos sobre nosso trabalho de violência e as intersecções com os objetivos da política de promoção da saúde da mulher do Ministério da Saúde.

Acreditamos que foi um encontro muito proveitoso para todos os participantes. No final saímos com três certezas. A primeira é que temos que promover mais encontros com nossos parceiros. A segunda é que estamos no caminho certo em relação ao trabalho que desenvolvemos com adolescentes e seus familiares que vivem violência. A terceira é que precisamos divulgar o trabalho que realizamos. Precisamos escrever, publicar, fazer filmes e produzir material para ser utilizado na prevenção e ações de atenção ao adolescente e mulheres vítimas de violência.

Termino com uma palavra nova que a Claudia disse sobre um processo de mudança e superação da violência vivida que é um dos objetivos do nosso trabalho.

“Vamos Dolorir - colorir a dor”

e uma frase de uma mulher que testemunhou no filme sobre sua violência e seu processo de superação:

“Pronta para o amor a dois, suave, escolhido”.


Ana Carolina Bessa Linhares

Coord. do Treinamento em Serviço do Adolescentro

Semana do Adolescentro 2007


PROGRAMAÇÃO

Segunda-Feira 17/09/2007

7:30h ▼

Oficina temática – POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DE VIOLÊNCIA SEXUAL

Tec. da Área da Saúde da Mulher - MS

Sra. Cláudia Araújo

Público-alvo: profissionais do Adolescentro e convidados.

Local: Centro de vivências do Adolescentro.


TERÇA-FEIRA – 18/09/2007

Das 7:30h às 18h ▼

RODA DE CONVERSA – Encontro que reúne todos os serviços de referência à saúde do adolescente no DF, com o objetivo de trocar experiências, atualizar e fortalecer a rede de atenção ao adolescente.

Público-alvo: profissionais dos serviços de referência à adolescência da Secretaria de Saúde do DF.

Local: Centro de vivências do Adolescentro

QUARTA-FEIRA – 19/09/2007

7:30 h ▼

SUPERVISÂO DE EQUIPE

Público-alvo: Equipe do Adolescentro

Local: Centro de vivências do Adolescentro.


14h ▼

Oficina temática - TDAH, suas Comorbidades e o Uso de Drogas

Público-alvo: Equipe do Adolescentro e profissionais dos CAPS - DF

Convidado: Dr. Marcos Romano.

Local: Auditório do HRAS

QUINTA-FEIRA – 20/09/2007

7:30 - 18 h ▼

Oficina - Contracepção de Emergência e uso da Camisinha como exercício da Cidadania

Público-alvo: Adolescentes, profissionais da saúde da família de São Sebastião, profissionais da saúde.

Inscrições prévias.

Local: Centro de vivências do Adolescentro.

"Você não tem que usar a Contracepção de Emergência, mas tem o direito de saber como , porque e quando usá-la"

SEXTA-FEIRA – 21/09/2007

14h ▼

Festa Comunitária

Como em todos os anos nós contamos com a presença de todos da família Adolescentro, nossos amigos, parceiros e simpatizantes com nossa causa e empenho.

Traga um refrigerante ou um salgadinho e participe do milagre dos pães em nosso lanche comunitário!

Local: Adolescentro L2 Sul 605




quinta-feira, setembro 13, 2007

Vacinação e Adolescentro

Até hoje algumas pessoas não aceitarem a transformação do CS 06 em Adolescentro. Intencionalmente não entenderem que saúde não é exclusividade de uma faixa da população ou de um segmento de profissionais. Essas pessoas ficam atarentadas diante do fato do Adolescentro manter os serviços de vacinação e odontológico. (Não tente entender isso, não faz sentido, a não ser para essas pessoas)

O Adolescentro no último dia 25 de Agosto realizou a 2ª Etapa da Campanha de Vacinação da Poliomielite. O Ministério da Saúde decidiu neste momento, trabalhar apenas com a vacina contra a poliomielite, devido às altas taxas de cobertura vacinal alcançada na rotina e também em função das poucas doses aplicadas das outras vacinas em campanhas anteriores.

Como estas campanhas são realizadas com objetivo primordial de controlar, eliminar e erradicar a poliomielite, a participação do Adolescentro é de grande importância. Quanto mais profissionais envolvidos no trabalho de imunização de uma população menos difícil será o desafio de manter e melhorar a cobertura vacinal de poliomielite na faixa etária de 0 a 04 anos 11 meses e 29 dias de idade.

Como sempre, o Adolescentro busca parceiros. Esse ano o Carrefour Bairro e o Mc Donald's fizeram parte da campanha, acolhendo postos avançados de vacinação .

Neste evento tivemos a participação das auxiliares de enfermagem: Aldeny, Elita, Mirtes, Rita, Rosineide, das enfermeiras, Laura e Lúcia da equipe do adolescentro. E também a colaboração da voluntária técnica de enfermagem, Carla Cristina Antunes, da servidora da Ipanema Maria Deuzina e do vigilante Anderson.

Após o encerramento da 2ª etapa da campanha podemos observar um maior número de crianças imunizadas em relação a 1ª etapa:

Campanha

> 1 ano

100

105

1 a <>

613

706

> de 5 anos

46

08

Total

759

819


Adicionar imagemEnfermeira Laura Tavares Barbosa
(Gerente da Enfermagem do Adolescentro)

terça-feira, setembro 11, 2007

AUTONOMIA DIGITAL

A conquista de algum grau de autonomia, em qualquer setor da vida, é um esforço constante que demanda, além de iniciativa, uma pequena cota de coragem e boa vontade. No Adolescentro, o curso de informática que é disponibilizado para os profissionais da casa é um instrumento oferecido àqueles que desejam conhecer as ferramentas básicas da computação.
Rita e Rosineide, duas de nossas técnicas de enfermagem, ocupam pa
rte do seu precioso horário de almoço para conhecer os meandros do universo digital e desfrutarem de suas vantagens. Elita, também técnica de enfermagem, pretende começar a fazer o curso o quanto antes.
Cansadas de depender da gentileza dos colegas ou de familiares sem paciência de ensinar, as três correm atrás do prejuízo.

Numa manhã de final de julho, em uma das salas
de atendimento do Adolescentro, Rita, Elita e Rosineide conversavam sobre assuntos variados e também sobre o fato de o computador estar cada vez mais onipresente tanto em casa quanto no trabalho e na vida social. “Não é só um instrumento de trabalho”, diz Rosineide, a mais animada e falante das três. “Queria poder mandar e receber fotos, falar com pessoas que estão longe”, conclui.
“Está cada vez mais complicado não saber mexer no computador” opina Rita. “Agora até o contracheque não vem mais em papel. Só está disponível na INTERNET, através de uma senha. Tenho que ficar incomodando os colegas para pegar meu contracheque”, lamenta.
Elita, a única das três que ainda não começou o curso e não possui computador, afirma que está ansiosa para poder aprender. “Daqui a pouco até para mexer com os prontuários, a pessoa vai ter que saber computação. Na sala de vacina, se perder o cartão de controle, tem que puxar tudo no computador”, observa.
O único revés parece ser mesmo o
horário apertado em que ocorrem as aulas, entre 11h30 e 12h30, quatro dias por semana. “É difícil fazer as aulas e ainda sobrar tempo para almoçar. Esse é o único problema. O tempo é muito curto, é uma hora complicada para ter aula. Queria que fosse em outro horário”, sugere Rita.
“O horário é ruim, mas não tem outro jeito para aprender. Em casa o computador é disputado e os meus filhos não tem paciência de ensinar. Se peço ajuda, eles preferem fazer do que ensinar”, explica Rosineide.

Rafael Baliardo


Quem é Rafael Baliardo?

O Adolescentro busca parcerias das mais diversas formas. Uma delas é seduzir, com o que fazemos, pessoas que admiramos. Uma dessas pessoas é Rafael Baliardo, um outro olhar para o Adolescentro. Baliardo faz jornalismo e entre uma matéria ou tarefa e outra, doma algumas palavras e nos oferece como presente.

Estamos muitos felizes e honrados com sua contribuição, e esperamos que outros também o façam.