terça-feira, setembro 11, 2007

AUTONOMIA DIGITAL

A conquista de algum grau de autonomia, em qualquer setor da vida, é um esforço constante que demanda, além de iniciativa, uma pequena cota de coragem e boa vontade. No Adolescentro, o curso de informática que é disponibilizado para os profissionais da casa é um instrumento oferecido àqueles que desejam conhecer as ferramentas básicas da computação.
Rita e Rosineide, duas de nossas técnicas de enfermagem, ocupam pa
rte do seu precioso horário de almoço para conhecer os meandros do universo digital e desfrutarem de suas vantagens. Elita, também técnica de enfermagem, pretende começar a fazer o curso o quanto antes.
Cansadas de depender da gentileza dos colegas ou de familiares sem paciência de ensinar, as três correm atrás do prejuízo.

Numa manhã de final de julho, em uma das salas
de atendimento do Adolescentro, Rita, Elita e Rosineide conversavam sobre assuntos variados e também sobre o fato de o computador estar cada vez mais onipresente tanto em casa quanto no trabalho e na vida social. “Não é só um instrumento de trabalho”, diz Rosineide, a mais animada e falante das três. “Queria poder mandar e receber fotos, falar com pessoas que estão longe”, conclui.
“Está cada vez mais complicado não saber mexer no computador” opina Rita. “Agora até o contracheque não vem mais em papel. Só está disponível na INTERNET, através de uma senha. Tenho que ficar incomodando os colegas para pegar meu contracheque”, lamenta.
Elita, a única das três que ainda não começou o curso e não possui computador, afirma que está ansiosa para poder aprender. “Daqui a pouco até para mexer com os prontuários, a pessoa vai ter que saber computação. Na sala de vacina, se perder o cartão de controle, tem que puxar tudo no computador”, observa.
O único revés parece ser mesmo o
horário apertado em que ocorrem as aulas, entre 11h30 e 12h30, quatro dias por semana. “É difícil fazer as aulas e ainda sobrar tempo para almoçar. Esse é o único problema. O tempo é muito curto, é uma hora complicada para ter aula. Queria que fosse em outro horário”, sugere Rita.
“O horário é ruim, mas não tem outro jeito para aprender. Em casa o computador é disputado e os meus filhos não tem paciência de ensinar. Se peço ajuda, eles preferem fazer do que ensinar”, explica Rosineide.

Rafael Baliardo


Quem é Rafael Baliardo?

O Adolescentro busca parcerias das mais diversas formas. Uma delas é seduzir, com o que fazemos, pessoas que admiramos. Uma dessas pessoas é Rafael Baliardo, um outro olhar para o Adolescentro. Baliardo faz jornalismo e entre uma matéria ou tarefa e outra, doma algumas palavras e nos oferece como presente.

Estamos muitos felizes e honrados com sua contribuição, e esperamos que outros também o façam.

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