sábado, dezembro 01, 2007

Aumente seu prazer e prolongue o dela, use camisinha!

1º de dezembro, dia mundial de luta contra a AIDS

Um dos maiores parceiros nessa luta é o preservativo, também conhecido como camisinha, camisa de Vênus, condon e outros.

Vem de muito tempo a preocupação do homem se proteger das doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por muito tempo elas foram chamadas de doenças venéreas, em analogia a Vênus, deusa do amor. Como amor e sexo são coisas diferentes, apesar de poderem andar juntas, é preferível o termo DST.

Os egípcios já se protegiam com capinhas em volta do pênis para se proteger de picadas de insetos, ferimentos e provavelmente de doenças.

Foi a mitologia grega que deu a idéia e apresentou a camisinha ao ocidente.

“O rei Minos, filho de Zeus e Europa, era casado com Pasiphë. O monarca era conhecido por seu amor pelas mulheres e suas inúmeras amantes. Por obra de Pasiphë, Minos passou a ejacular serpentes, escorpiões e lacraias, que matavam toda aquela que se deitasse com o soberano. Pasiphë era imune ao feitiço aplicado a Minos, mas este tornou o rei incapaz de procriar. Minos, no entanto, se apaixonou por Procris. Para evitar que a relação com Minos lhe trouxesse a morte, Procris introduziu em sua vagina uma bexiga de cabra. Os monstros ficaram aprisionados na bexiga e Minos voltou a poder ter filhos."

A primeira descrição parecida com o preservativo atual, data de 1564,e foi feita pelo anatomista Gabriello Fallopio, intitulado De Morbo Galico (Doença Inglesa). Nome como a sífiles era conhecida na época, resultado da eterna rivalidade entre franceses e ingleses. Nesse estudo, Fallópio experimentou em 1100 homens “um envoltório de linho sobre o pênis durante o ato sexual, o qual impediu a disseminação de doenças, especialmente da sífilis”. No entanto o nome condon, apesar das controvérsias, dizem ser devido ao Dr. Condon, médico inglês da corte de Charles II, monarca do Reino Unido (1660-1685) que popularizou o protetor na língua inglesa.

A camisinha conheceu vários processos de fabricação e materiais. Em 1700 seu uso era extremamente popular, principalmente como método anticoncepcional. Os preservativos eram feitos à base de tripa animal. Nos anos de 1800, os japoneses criaram uma camisinha feita com um couro bem fino. Em 1843 com a descoberta revolucionária da vulcanização da borracha (adicionando enxofre e submetendo-a ao calor) permitiu que as camisinhas se tornassem mais elásticas e fossem produzidas a custos baixos. Em 1930 o látex líquido substituiu a vulcanização da borracha na fabricação os preservativos. Essa trecnologia continuou a se desenvolver até o surgimento das camisinhas de poliuretano, muito mais confortáveis.

Passados 1443 anos da publicação de estudo de Fallopio (1564), a preocupação com a prevenção continua, não só das DST, mas também da gravidez não planejada. O grande desafio continua convencer as pessoas dos direitos de se cuidarem. A apropriação do direito e dever de cuidar de sua vida e de todas as vidas, de buscar melhorias para si e para os outros é um processo. Só não podemos olhar muito para frente, onde queremos chegar, e percebermos onde estamos e entrar em desânimo. Já caminhamos muito. "O uso do condom no Brasil tem crescido regularmente desde o início da epidemia de HIV/AIDS."

Ainda não conseguimos introjetar a camisinha em nossa subjetividade, como o ato de beber coca-cola, por exemplo. Ainda há preconceitos, medos e muita ignorância e maldade travestidas de religião ou de parlamentares (vereadores, deputados, senadores) sem nenhum argumento empírico comprovado, propondo leis castradoras de todos os tipos.

Mas vamos resistindo. Nosso sonho de consumo é chegar um dia, que não iremos mais dormir, sem ver, assistir ou ouvir uma propaganda sobre o uso da camisinha, assim como acontece com a coca-cola. Aprender sobre o valor da vida, do direito de ser feliz, de ter prazer, de amar a si e aos outros. E de tanto ser bombardeados, quem sabe, passaremos acreditar que somos sujeitos de nossa vida, de nossa saúde, de nossa existência e da existência da vida, e a camisinha seja parte disso.

Infelizmente os recursos dos homens honestos, que lutam para cuidar da saúde do povo, são escassos. Mas sabemos que temos recursos. Só precisamos ser mais espertos e chegarmos antes dos políticos, funcionários públicos e empresários desonestos meterem a mão no nosso bem público. O problema é que eles têm um estímulo muito maior que a vida. Eles têm a impunidade!

É claro que toda essa luta não se resume a isso, o que é muito bom. Podemos lutar de várias formas e lugares a favor da vida. O Ministério da Saúde, por exemplo, lançou o Blog QUALSUAATITUDE? . Além de interessante é um ponto de encontro de idéias. Nós do Adolescentro, há mais de dois anos, que estamos vinculando a camisinha ao prazer em vez da preocupação com doenças e gravidez. Apesar de muitos falarem o contrário, a camisinha diminui sim a sensibilidade peniana. Isso faz com que o homem demore mais a ter o orgasmo. O pior é que isso é visto como problema pelos garotos que ainda não perceberam o outro na relação. ACORDEM HOMENS!

Preste atenção. Cada vez que você demora, mais intenso será seu orgasmo. Demorando mais, sua parceira terá chances de ter VÁRIOS orgasmos e numa mais esquecer de você. Que tal? Por isso,

Caso contrário...., veja por si mesmo!






Um comentário:

Waldir disse...

Adorei essa matéria e, principalmente, os recursos visuais e audio-visuais. Esse vídeo do menino é o máximo.
Parabéns,

Waldir