segunda-feira, junho 29, 2009






De 21 a 23 de junho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) promoveu o IV Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos: “nenhuma forma de violência vale a pena”, em Brasília. Em sua conferência de abertura, estiveram presentes Humberto Verona, Presidente do CFP, Ana Luiza Castro, coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Erastos Fortes, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria Elisa dos Santos, do Conselho Federal de Serviço Social e o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo Sousa Júnior.



O momento mais aguardado da conferência foi a fala do francês Edgar Morin, que reuniu cerca de 500 pessoas (fonte: WWW.pol.org.br) – dentre elas, duas psicólogas do Adolescentro: Michelle Falcão e Marina Garcia. Morin é pesquisador emérito do Centre National de La Recherche Scientifique, França. É um dos mais importantes pensadores contemporâneos. Formado em História, Geografia e Direito, atua também em temas da Filosofia, Sociologia e Epistemologia; é um dos maiores pensadores da Epistemologia da Complexidade, que é base metodológica do trabalho do Adolescentro.


Com o tema “Política de Civilização, Política de Humanidade”, Morin destacou alguns fatores que contribuem para um pensamento cada vez mais desumano e violento. Trouxe a reflexão para a cultura de globalização, que desconsidera a diversidade e as pequenas culturas; isso desencadeia as crises. “A crise do planeta é a crise do progresso”. Segundo ele, existe uma complexidade de conhecimentos e pensamentos, que, entretanto, estão separados. “É preciso que aconteça uma mudança cognitiva maior, pois estamos separados”, defende Morin.


E, como defensor da positividade, fecha sua fala apresentando o princípio da esperança, ou seja, de que, diante de todo esse caos de formação do humano, é possível ter esperança. “Se as crises vêm, no pensamento normal, não há mais possibilidade de tratar; é preciso ver as crises em sua complexidade para despertar a criatividade do humano e gerar possibilidades de solução”. Para ele, a solução dessas crises só será possível com a tomada de consciência de que não existe um projeto, não se pode elaborar um programa, mas é preciso uma pluralidade de iniciativas bem como a convergência de várias reformas, principalmente a cognitiva e a educacional.




Michelle Falcão

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