Continuamos passando o chapéu quando, de repente, em 1997, fomos procurados para resolvermos três problemas. A falta de espaço no ambulatório do HBDF, a necessidade de espaço para crescermos e a iminência de desativação do Centro de Saúde Nº 6 (CS 06). A coordenadora do PRAIA, na época, a assistente social Maria Aparecida Lacerda, foi convidada para assumir a chefia do Centro de Saúde Nº 06 e, em pouco tempo, nossa equipe o transformaria num espaço só para adolescentes. Em uma noite esbocei o projeto. Pela primeira vez surgia o nome ADOLESCENTRO. Inicialmente, teríamos a metade do CS 06 e com o tempo assumiríamos o resto. No entanto, quando chegamos ao CS 06 só havia duas salas para cinco profissionais atenderem adolescentes e suas famílias. A Associação dos Diabéticos, que ia sair, ficou e ainda ocupou mais dois espaços no CS 06.
Nesse ínterim, a promotoria da Infância e Juventude abriu um processo contra o GDF exigindo o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em setembro de 1998, o Governador Cristovam Buarque, pelo Decreto 19.620, de 23 de setembro, transforma o CS 06
Decidimos então formar duas frentes. A primeira era para transformar o CS 06 no Adolescentro e, a segunda, enquanto não acontecia a primeira, conseguir o reconhecimento do Adolescentro como uma Unidade de Atenção Biopsicossocial ao Adolescente em Família pela SES. O Adolescentro existia para a Vara da Infância e Juventude, para o Ministério da Saúde, para a OMS, para todos os nossos parceiros, no entanto, não existia para a própria Secretaria de Estado de Saúde.
No ano de
O Adolescentro continua não existindo, apesar de oferecer atendimentos específicos e inexistentes, em outras unidades da SES, como Atenção a Adolescentes Vivendo uma Situação Especial de Uso de drogas, Grupo Multifamília para Orientação e Apoio aos Pais desses adolescentes, Acolhimento e Tratamento a Adolescentes e Mulheres com Vivências de Violências, Atenção a Problemas de Escolaridade como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Desafiante opositor, Transtornos de Conduta e outras co-morbidades, Grupo de Mulheres, Grupos Terapêuticos-Vivenciais, Grupo de Instrumentalização de Pais para o resgate da autoridade na relação com os filhos e construção de relações amorosa na família. Todos os atendimentos envolvem a família, não como informantes, mas como clientes e parceiros na solução dos problemas. Somam-se a isso o Treinamento em Serviço oferecido todos esses anos, com o objetivo de ampliar a rede de atenção Biopsicossocial ao adolescente em família na SES.
Apesar da especificidade, importância e necessidade dos programas oferecidos pelo Adolescentro, a grande preocupação, no momento, parece ser quatro queixas encaminhadas à ouvidoria a respeito da transferência dos programas de Diabéticos e Hipertensos do CS 06. Todos os pacientes cadastrados (Total=423: Diabéticos=45; Diabéticos c/Hipertensão=170; Hipertensos=208) que vieram ao grupo ou às consultas desses programas já foram transferidos, sem problemas, para os CS 07 e CS 01, ou para o CS mais próximo da residência do cliente. Todas as Unidades da SES oferecem esses programas, o que facilita e viabiliza a transferência sem perdas para o cliente.
Estamos num alto ou num baixo? Eu não sei. No entanto, sei que temos que continuar lutando para que as ações de atenção à saúde da SES, como a transformação do CS 06 em Adolescentro, sejam de fato orientadas pelas necessidades reais da população. Não podemos mais permitir que algumas pessoas com interesses apenas pessoais e com pressão política maior, desvirtuem os objetivos da SES.
Valdi Craveiro Bezerra
Um comentário:
Ainda não sei como está situação do Adolescentro, MÁS POSSO DIZER QUE QUALQUER MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA A TORNAR O cs 1406 EM caps ADOLECNTRO CHEGA A SER UMA ATITUDE DE IRRESPONSABILIDADE. ISSO PARA PEGAR LEVE
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